Quando você inventa alguma coisa ou um produto você tem que se garantir através do registro de uma patente para se prevenir de ter sua idéia roubada.
Algumas pessoas parecem ter uma imaginação além dos padrões normais para inventar essas coisas e essa série de posts irá reunir algumas patentes diferentes, engraçadas e muitas vezes inúteis que foram aprovadas ao redor do mundo.
Começamos então com Adolph Neubauer. Ele inventou uma alavanca que levanta uma agulha no meio do banco da bicicleta quando ela não está em uso “e assim evita que qualquer um monte na bicicleta a não ser com um ferimento sério”.
A patente anti-furto de Neubauer foi aprovada em 1900. Será que o ladrão não poderia simplesmente quebrar a alavanca ou então pedalar em pé?
William Steiger inventou um aquecedor de pés.
O funcionamento era o seguinte: expirando num bocal através de uma gambiarra feita com um funil, um elástico e uns pedaços de mangueira, o ar quente chegaria aos seus pés proporcionando um conforto maior que nossas simples meias.
Após testar o “aparelho” no inverno em Maryland, ele descobriu que seu corpo também ajudava no aquecimento durante o transporte do ar dando resultados mais satisfatórios e patenteou sua invenção argumentando que seria “…um processo simples, que foi comprovado e pode simplesmente ser mantido por um longo tempo (…) sem muita inconveniência pessoal.”
Em 1949 J. D. Stokes teve a ideia inovadora de lavar e secar suas roupas usando as calotas do seu carro, economizando assim, energia pois máquinas de lavar e secadoras seriam dispensáveis. Isso tudo muito antes de se falar em sustentabilidade, energias alternativas e efeito estufa.
O modus operandi consistia em adicionar água e sabão pela abertura (48 na figura) e sair dirigindo em baixa velocidade para lavar e em alta velocidade para secar. Não esquecendo que carros possuem quatro calotas, daria para lavar as roupas da família inteira.
Na patente, Stokes afirmava que sua invenção seria útil para “campistas, aqueles que vivem em trailers e outros viajantes.” Também poderia ser altamente recomendável para quem não tem espaço em casa para um varal ou uma máquina de lavar.
Lem Maddem em 1980 inventou um tipo de sistema de controle remoto para cavalos.
O “cavaleiro” utiliza um controle eletrônico e o cavalo leva na sela um receptor que controla as rédeas, um bastão para tocar o animal e um alto-falante para dar comandos de voz.
Maddem justificou sua invenção na patente dizendo que era para “Uma pessoa idosa”, uma pessoa que “pode ser fisicamente incapaz de montar e manter o controle de um cavalo sozinha” ou então “há aqueles que desejam domar e treinar os animais, mas que não podem fazê-lo por causa dos riscos envovidos em tais operações.”
É incrível até onde vai a capacidade humana em pensar em soluções para problemas cotidianos ou mesmo incômodos particulares. Aguardem uma nova ratoeira e uma nova forma de pescar no próximo post.
Gostou do post? Veja o segundo da série clicando Em que eles estavam pensando? [2]
Um comentário em “Em que eles estavam pensando? [1]”